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Nota 10?

Como era o sistema de avaliação na escola em que você estudou? Provavelmente você fazia provas ao final de algum período (ou às vezes provas surpresas), entregava alguns trabalhos e recebia uma nota de 0-10 ou de A-D. A média de todas essas notas formava a sua nota final. Eu me formei há 20 anos no Ensino Médio e fui avaliada dessas duas formas ao longo de minha vida escolar. Imagino que você tenha passado por algo muito parecido.


De uns tempos para cá, após começar a lecionar, me questionei até que ponto as provas poderiam mostrar minhas reais habilidades de lidar com determinado conteúdo. Já tive o famoso ‘branco’ durante avaliações devido à ansiedade, assim como já tirei notas consideradas baixas por ter que fazer a prova com muita dor de cabeça, por exemplo. Também acho bem complicado ter a vida escolar (e profissional) rotulada por alguns números obtidos em momentos isolados, nos quais tudo pode acontecer: você não é bom em matemática, pois ‘passou na média’ em todos os bimestres de um ano. Você não é um bom professor, pois foi avaliado durante 1 hora de um ano inteiro de trabalho e não atingiu as expectativas nessa hora.


Ao começar a pesquisar sobre avaliações, percebi que não era a única a me questionar sobre isso e que a educação está caminhando para implementar novas formas de avaliação nas escolas (ufa!). Os objetivos da avaliação têm sido questionados: não somente para demonstração ou punição, mas, principalmente para análise, formação e orientação das práticas de sala de aula. A Lei de Diretrizes e Bases (LDB) de 96 já mencionava a avaliação contínua e cumulativa, e que os aspectos qualitativos prevaleçam sobre os quantitativos, mas a mudança no dia a dia das escolas é feita de forma bem gradual, e muitas delas ainda não fizeram a transição.


Hoje, essa avaliação contínua e quantitativa é conhecida por formativa, enquanto que a avaliação tradicional descrita no início do texto é chamada de somativa. Além desses dois tipos que, idealmente, seriam usados de forma combinada, também temos a auto-avaliação, na qual o aluno dá o seu parecer sobre a aprendizagem do conteúdo. Em aulas de inglês, é comum usarmos o peer assessment, no qual alunos do grupo avaliam produções uns dos outros, dão sugestões de melhoria e elogios ao que foi bom.


As provas também estão sendo substituídas por outros instrumentos de avaliação, como vídeos, podcasts, apresentações, pesquisas, etc. Há ainda uma série de outras inovações nesse campo e cabe a nós, professores, repensar nossos métodos e nos adaptarmos aos estudantes de novas gerações. Quer saber mais sobre avaliação? No curso Aprendendo com Avaliações teremos discussões sobre novas tendências nessa área. Para mais informações, acesse o nosso site.


Acredito que a tendência das escolas será adotar modelos de avaliação mais completos e adequados às necessidades dos novos perfis de estudantes e do mundo em geral. Muita coisa mudou no ensino com a pandemia e, provavelmente, mais mudanças virão no futuro. Que o mundo (e as avaliações) mudem para melhor!


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